segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Confusão compartilhada

Cansado, confuso, espremendo neurônios para saírem pequenas idéias sem nexo algum com o que quero.

Até algum ponto desesperado, necessitando compartilhar, ou melhor, expor o que penso, aqui está o problema, penso muito e sobre tudo! Pode até ser falta na prática de escrever e organizar pensamentos, porém de alguma forma me encontrava infértil para idéias críticas, o que sempre foi minha especialidade. Questionar tudo, todos a todo o momento, parece ser bom, pois com isso se criam teorias, se observa novos modos de vida, porém cansa, te deixa confuso, pensando até certo ponto em cair na loucura. Talvez essa seja a solução! Cair na loucura, mais até que ponto? Até todos perceberem o que você quer expor?

A final quem somos nós? Somos tudo que comemos, falamos, defendemos, somos parte até de quem conhecemos, pois ninguém passa pela vida de ninguém sem deixar nada. Não somos só matéria, somos expressões, influências. Temos de perceber que fazemos parte do que está em nossa volta, e o que está em nosso volta faz parte de nós. É uma corrente, influenciamos e somos influenciados querendo ou não, já que existem pessoas que passam e você vê nas ideologias delas, idéias que fazem mais sentido que as suas, e assim muda seu modo de pensar.


-Humberto-

"Amigo?"

Me peguei a refletir sobre amizade. A única conclusão construtiva em que cheguei em meus dezessete anos de existência é que conheço menos de um terço do que realmente representa essa palavra. Isso! Menos de um terço, decididamente. E acho que é essa a razão que torna essa palavra tão “complexa”, tão significativa, porque não?

Me admira o fato de que para muita gente, amizade seja simplesmente “amizade”. É engraçado, mas vulgarizá-la não é tão incomum como se pode pensar. Eu até poderia citar alguns exemplos, mas não vem ao caso, seria perda de tempo, continuemos a refletir.

Já perdi a conta de quantas vezes pensei: “Nossa, o Fulano sim, é um amigo para a vida toda”. Também já não me lembro quantas vezes, alguns meses ou anos depois, o Fulano já não era mais “aquele amigo”, era apenas mais um rosto familiar no corredor do colégio, um contato a mais no MSN, ou mais um “amigo” no Orkut. Na teoria, isso é demasiado esquisito, estranho. Mas na prática é tão... tão... “natural”... Sim! Tão natural.

Normalmente, me pego a questionar: “Quem eu chamo para sair? Aquele que sei que se importa com a minha existência, que me conhece bem, que sei onde posso encontrar, ou aquele outro, que conheço há pouco tempo, que parece nem sempre se importar, que eu não sei se realmente conheço?”. Novamente, na teoria parece óbvio senão fácil. Mas não, NÃO!

É aquela história de interesses comuns. E é aí que esses interesses comuns se contrastam com a teoria. Pode ser que eu me sinta melhor na companhia do cara “desconhecido”. Pode ser que seja com ele que eu queira sair, rir, abraçar, estar junto. Nem que eu saiba que aquele momento possa se repetir tanto amanhã quanto só daqui a um mês. Ou que aquele momento possa ser de valor fictício, de “mentira”. Que os interesses já não sejam tão comuns assim. E se eu optar por sair com o “amigo”. Vai ser aquele “esqueminha de sempre”. As mesmas piadas, o mesmo suco, o mesmo lugar...

E mais, se ambos fossem realmente meus “amigos”, ou se pelo menos um fosse, essa dúvida ainda existiria? Ou melhor, seria o conceito de amizade "relativo"? Eu posso ser amigo de uma pessoa que não é "minha amiga"? E agora José?

Bom, esse negócio de amizade é realmente complicado... Ou não. Quem sabe?


(Fred)